sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Conexão Musical # 9

Brazucas na área

Com o (re)lançamento de uma icônica banda brasileira em CD e vinil, a gente se obriga a fazer um bloco bem tupiniquim, com direito a Paralamas e Titãs juntos, entre outros. Mas não é só isso: tem Beatle regravando brasileiro também, gringo gravando inglês... saiba quem são ouvindo logo abaixo no player, ou baixe aqui o mp3 pra ouvir onde bem quiser!



Duração do programa: 65:37

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Abraço
Luck
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um disco / Red Hot Chili Peppers



Quando se fala de Red Hot Chili Peppers, quem tem menos de 30 lembra de discos mais recentes - e mais populares também. Alguns até lembram de Blood Sugar Sex Magik, aquele que alavancou de vez a carreira do quarteto californiano - e mais adiante merece aparacer nessa coluna -, que continha, entre vários hits, as absolutas Give it away e Under the bridge. Mal sabem, no entanto, que dois anos antes a melhor formação dos Peppers lançara o real estopim para a sua mistura rotulada como funk-metal: Mother's Milk, nosso UM DISCO de hoje.

Não se engane, no entanto, achando que esse disco de 1989 é o primeiro dos pimentas. Antes desse vieram outros três, que se primavam pelo som original criado pela trupe, pecavam na produção, digamos, crua demais. Era treino, melhor definindo. O que deve ser dito é que era outra banda: Anthony Kiedis e Flea sempre estiveram lá, mas a bateria era de Jack Irons e as guitarras de Hillel Slovak, amigo da dupla principal que se afundou em drogas o bastante para finalizar sua participação terrena. Depois disso, Irons deixou a banda, com medo de que todos rumassem para o mesmo abismo - Kiedis também era um "eplorador" nato nesse mundo. No entanto, veio o controle - que durou tempo suficiente para remontarem a banda com a melhor formação que os Peppers já tiveram: para a cozinha, Chad Smith, o homem que come baquetas no café da manhã foi o escolhido; e para as guitarras, um prodígio, fã da banda com apenas 18 anos, chamado John Frusciante. Banda refeita, era hora de criar um clássico.

O que ficou dos álbuns anteriores e que perpetuou em Mother's Milk foi a pegada funkeada do baixo de Flea e a voz característica de Kiedis, que pontuava as letras psicodélicas, viajantes - e por vezes confusas, mas sempre divertidas. Era um caldeirão de temperos esperando adicionais. Smith incorporou e aprimorou as baquetas apimentadas como se sempre estivesse estado ali - e isso fica claro até hoje. É como se a identidade do peso e ritmo tivesse sido encontrada. O garoto Frusciante, por sua vez, colocou sua visão de fã na mistura, o que rendeu (também) a identificação imediata com o restante do prato. E que prato. O início com Good Time Boys, um funk com balanço pop, apresenta a nova banda com levada madura, mas ainda (e graças!) com a picardia juvenil. A letra entrega: "travel round the world/gettin naked on the stage/bustin' people out of their everyday cage" (viajando pelo mundo/nus no palco/tirando as pessoas de suas gaiolas diárias). Lembrando que, até essa época, os Peppers eram conhecidos como os "garotos com as meias no pau", só com as meias. Ficar pelado no palco era uma constante - que a popularidade, depois, cobrou o retorno das roupas.

Para a mistura mais elevada, Subway to Venus se apresenta como carro chefe nessa solução mágica. Aqui, outros elementos começam a aparecer na música dos pimentas, como um sax veloz e o trompete, tocado pelo próprio Flea em Taste the Pain. Essas duas canções poderiam definir o álbum sozinhas, não fosse a peculiaridade de outras tão representativas quanto. Caso de Knock me Down, canção-hino do disco feita em homenagem ao companheiro Slovak e referenciada diretamente nos vícios dele e da banda. "If you see me getting mighty/if you see me getting high/knock me down/i'm not bigger than life" (Se você me ver ficando poderoso/se você me ver ficando alto/me derrube/eu não sou maior que a vida). Na verdade, todo o álbum é dedicado ao músico, como diz o encarte.

Em Fire, cover de Jimi Hendrix remanescente de um EP anterior, The Abbey Road (isso mesmo!), conta ainda com as presenças de Slovak e Irons, e entrou no disco também como homenagem, e era a música que eles costumavam acabar os shows na época - nus. Outra cover presente no álbum, e que alavancou as vendas do disco, é a versão única de Higher Ground, de Stevie wonder, que ganhou a roupagem dos pimentas como se fosse deles. Aliás, os Peppers, quando fazem cover de alguma música (e eles gostam muito disso!), o fazem com a propriedade de donos, algumas ficam irreconhecíveis - e ótimas! Fire ficou mais rápida, mas Slovak respeitou todos os acordes do mestre; e Higher Ground mudou de velocidade, melodia, quase tudo. E ficou mais famosa do que a original.

Nas variações musicais, ainda sobra espaço para uma música instrumental (a bela Prettly Little Ditty), um punk rock clássico (Punk Rock Classic), outro à la Peppers (Nobody Weird Like Me), e mais letras sacanas, com a sensual Sexy Mexican Maid e a bagaceira Stone Cold Bush. Ah, e ainda deu tempo para outra dedicatória: fãs dos Lakers e de um dos maiores astros do time, Magic Johnson traz o ritmo das quadras em forma de música. Impossível não bater cabeça com a batida rápida de Chad e Flea durante toda a faixa, bem como a intervenção certeira de Frusciante e os vocais insandecidos de Kiedis - impossíveis de acompanhar para cantar, nem tente. Para finalizar, a música mais longa do disco, Johnny Kick a Hole in the Sky, um hino apache que vem numa crescente contagiante, para, quando o disco acaba, ficar aquela vontade de ouvir de novo. E porque não?

Os "good time boys" conseguiram, fizeram um disco clássico. E nem sabiam disso ainda.


Luciano Seade

Red Hot Chili Peppers
Mother's Milk

1) Good Time Boys
2) Higher Ground
3) Subway to Venus
4) Magic Johnson
5) Nobody Weird Like Me
6) Knock Me Down
7) Taste the Pain
8) Stone Cold Bush
9) Fire
10) Pretty Little Ditty
11) Punk Rock Classic
12) Sexy Mexican Maid
13) Johnny, Kick a Hole in the Sky
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Conexão Musical # 8

Coverizando tudo!

Nosso programa de hoje tem cover pra ninguém reclamar - e todos de qualidade, garanto. Quem e de quem, só ouvindo o novo programa # 8 logo abaixo no player, ou baixe aqui o mp3 pra ouvir onde bem quiser!

Não se convenceu ainda?! Se eu disser que tem ainda Zeca Baleiro, De La Soul, Cypress Hill, Sly and The Family Stone, Caetano Veloso... isso sem falar no aniversariante australiano! Convenci? Então segue o player:



Duração do programa: 64:14

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Luck
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Conexão Musical # 7

Ator também canta!

E é lembrando disso que a trilha sonora no programa de hoje é com não somente um, mas dois atores cantantes - e bons de voz! Pra acompanhar, uma galera que vai de Arnaldo Antunes a Beck, de Paralamas a Head Cat - e mais alguns, sem esquecer do aniversariante musical da semana... Ouça no player abaixo, ou baixe o mp3 pra ouvir na hora que quiser.



Duração do programa: 52:20

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Luck
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Um disco / Neil Young



Neil Young é um transgressor comportado. De veia country, trazida lá dos tempos do Crosby, Still, Nash & Young, se lançou à carreira solo com a autonomia de um mestre - título que seria reivindicado por fãs, crítica e colegas. Singelo, seus discos tinham a sutileza do seu semblante quieto, calmo, por vezes até de expressão agressiva, mas que na verdade guardava um homem compenetrado no que criava. E as criações eram das mais diversas, de violões e gaitas até as guitarras mais pesadas, de letras fortes, de protesto ou românticas, atingiu com a transgressão dentro de sua própria obra mais do que esperava: de mestre, passou a único. E como todo mestre único tem sua pérola, Neil Young poderia ter quase toda a discografia citada nesse rótulo. A meu ver, Harvest Moon é a síntese melodiosa e acústica de um gênio.

Se pudesse ser transcrito em um bordão, o disco poderia ser "de chorar no cantinho". Pela beleza - e simplicidade - dos acordes, pelo lirismo das palavras cantadas, pela junção de emoção e métrica das composições e... bom, dá realmente vontade de chorar no cantinho. A melancolia bonita de From Hank to Hendrix dá o tom resumido do disco inteiro, com a gaita do mestre fazendo as vezes de refrão e solo, deixando a base para violões cadenciados em uníssono. Perfeita. A faixa de abertura, no entanto, não fica atrás, com o coro feminino ajudando Unknown legend a se tornar um carro-chefe de respeito. Harvest moon, a que dá nome ao disco, mereceu o status de hit, sem ser: uma música lenta, que até mesmo o mais desavisado que nunca ouviu sai assoviando já no segunda estrofe. O embalo estilo anos 50/60 deixam a audição leve, gostosa de ouvir tanto numa rede na sacada quanto a dois, em frente à uma lareira - ou em algum lugar menos óbvio e mais romântico. É mais uma das canções de Neil Young a Peggy, a esposa, que recebe as dedicatórias em todos os seus discos. Se ela é a inspiração de tudo, merece.You and me tem o mesmo princípio em tudo, mas mais indicada a serenata. Há espaço ainda para protesto - ainda que só a batida seja mais pesada que as outras canções: War of man cumpre o papel de não esquecermos que o que estamos ouvindo é transgressor dele mesmo, que vai da dedicatória juvenil e carinhosa às declarações abertas de repúdio às guerras - e quem as cause. Old king também destoa um pouco do total, uma legítima countrysong bem-humorada, contrastando com as palavras mais duras de War of Man.

Mas não se engane. Harvest moon é, primordialmente, um disco acústico, calmo e fácil de ouvir. Prova disso é seu final longo em Natural Beauty, gravada ao vivo como se fosse num acampamento com amigos, e que expõe o ideario do disco em uma única canção. Bom mesmo é ouvir a dezena inteira, deixando o repeat do seu aparelho ligado até você decidir que chega. Não se espante se isso demorar.

Luciano Seade



Neil Young
Harvest Moon

1) Unknown Legend
2) From Hank to Hendrix
3) You and Me
4) Harvest Moon
5) War of Man
6) One of These Days
7) Such a Woman
8) Old King
9) Dreamin' Man
10) Natural Beauty (live)
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Conexão Musical # 6

Que beleza, muitos pedidos!!!

Foi com extrema satisfação que recebi diferentes pedidos de gloriosos ouvintes que nos deram o prazer de suas sugestões musicais... então, vamos à elas! Tem ainda música nova do Maroon 5, aniversariantes do mesmo dia e da mesma banda e a trilha de filme grunge... Ouça agora no player abaixo, ou clique aqui para baixar o mp3 e ouvir onde bem entender - a casa é sua!



Duração do programa: 56:14

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Abração
Luck

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Conexão Musical # 5

Ah, vocês querem peso?!

Pois então, para o programa dessa semana recebemos pedidos de mais ROCK 'N' ROLL na seleção musical - só porque o da semana passada teve umas canções mais, digamos, relaxantes... Provocado, resolvi apresentar uma seleção mais guitarreira - mas com contexto. A dica de filme fica a cargo dos mestres do Monty Phyton, para não perdermos nosso senso de humor... nonsense! Confira no player abaixo, ou clique aqui para baixar!



Duração do programa: 53:58

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Abração!
Luck